domingo, 20 de fevereiro de 2011

nunca pare de andar

Eu paro pra pensar e vejo que o que eu achava que era perfeito, não é tão perfeito assim. Essa vida é uma montanha russa. Sobe e desce todos os dias e mudamos de opinião a cada segundo. Por mais rodeada de pessoas que estejamos, a unica coisa que nos acompanha é as lembranças, as recordações. Elas estarão sempre no coração. Está tudo tão bagunçado, mas mesmo que tudo não esteja como eu quero, vou vivendo e tentando ser feliz porque isso que importa.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

unir-se até a perfeição de um ser só.

Fecho os olhos e sinto tua boca, junto da minha, isso sim é união perfeita. Ah, como é bom sonhar e voar, sentir tudo que não é possível sentir no chão. Abrir os olhos e continuar sonhando, despertar e sentir que a tua vida é minha, e que a minha vida é tua. Unir vidas já é difícil... alcançar a perfeição, mais difícil ainda, mas alcancei porque consigo sonhar. E perfeição é enquanto se ama e só termina quando termina o amor.

o nada, o tudo, o todo e o nada.

Os dias ruins todo mundo tem, e todos temos que aprender a driblar e passar por cima de cada obstáculo, e aprender a crescer a cada tombo, se levantar com força, garra, bravura. A cada segundo de tristeza, acredito que venha o dobro de alegria, alias... alegria, isso vem de cada um, quem pode fazer a sua felicidade, é somente você. Mesmo que aparentemente esteja tudo perfeito, tentamos e buscamos lá no fundo algo que nos roube um pouco de felicidade, e transforme em tristeza, nós todos somos assim, o ser humano é assim. Há tanta coisa linda pelo mundo, e não sabemos aproveitar toda a beleza, não sabemos contemplar corretamente, não sabemos aproveitar chances que a vida nos oferece, mas isso acontece hoje, amanhã também vai acontecer, e garanto que já aconteceu ontem.
Acordar e ver que tu ainda está vivo pode ser gratificante, mas até quando isso vai acontecer? vai chegar em uma época em que todos terão medo de viver ao invés de medo de morrer.
Tudo bem que nada é pra sempre, mas tentaremos nos esforçar ao máximo para cuidar de nós mesmo, e do nosso futuro. Uma coisa que não é pra sempre por exemplo, é o colégio, tudo bem, o colégio acaba, mas o aprendizado nunca tem fim.
Bens materiais, amizades, namorados, isso tudo nós trocamos, esquecemos, perdemos...nada é pra sempre, melhor dizendo, quase nada é pra sempre, porque a sabedoria não foge de nós nunca, e ela é essencial pra sobreviver num mundo de selvagens. Essa é a vida que cada um traça pra si mesmo. A minha vida vai ser diferente, meu caminho vai ser mais longo e mais feliz, cheio de flores, cheio de corações desenhados, muitas cores, nada de preto, escuridão... isso não vai ter, o branco é necessário, preciso de paz. Vai ter muitas pessoas, talvez falsas, talvez não. Família de sangue, amigos, irmãos de coração, vai ter muitos garotos, pra mim poder me apaixonar... mas mesmo assim vão ser selecionados a dedo, nem eu nem ninguém merece um mala pra carregar, basta já o peso de si próprio.
Procure sempre o meio termo, não viva muito, e não viva pouco. Viva somente o que tem que ser vivido.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

é uma arma, que uso contra mim

Quero escrever o que não consigo dizer. Apetece-me abrir, como um livro em branco e a cada palavra uma emoção. Um significado, um pedaço de ficção tornado real. Sinto-me a desfalecer, como um sobrevivente num barco no meio de uma tempestade, onde sabe que só um milagre o fará sobreviver. Porque sou assim? Porque não consigo controlar-me, tento sempre algo com medo das pessoas não gostem mim. Não quis sofrer mais, por isso decidi afastar-me de toda a gente. Agora em vez de um coração tenho uma pedra. Difícil será pedir ajuda, mas porque fujo de tudo e de todos. Não enfrento os meus medos. Sempre a fugir, mas os problemas não desaparecem, apenas adormecem num sono leve. Continuamente dormindo, até um dia que acorda. Mais furioso, que um bebê com sono. Será que um dia vou acordar para a vida? Será que algum dia, vou deixar de fugir? De não precisar de me esconder por detrás duma máscara. Algum dia terei paz, comigo mesmo. Procuro o que? Escondo-me do que? Do sofrimento?! Mas senão sofrer não viverei, ficará sempre a angústia de poder ter feito algo mais, ser capaz de ter feito outra coisa para me mudar a mim. Então o que me falta? Não sei, não me conheço, e muito menos sei quem fui, sou ou serei. Sou um sentimentalista barato, daqueles livros que se compram, mesmo não sabendo o fim são todos iguais e terminaram de certeza da mesma maneira. Só muda o conteúdo, a forma do conteúdo é sempre mesma. Devo ser mesmo uma criancinha, não amadureci o suficiente. Não cresci em termos mentais. Se calhar não vivo, sobrevivo. Vou sobrevivendo, não questionando, não esticando a corda. Se calhar limito-me a seguir as pesadas dos outros. Em vez de ter uma personalidade própria. Se calhar também por ter mentido, muito a mim próprio agora já não sei quem sou. Perdi-me no caminho, e agora não sei o caminho de volta. Um circulo vicioso, onde já não se sabe onde começou e onde acaba. Ainda terei a tempo, de me encaminhar e não me perder de vez?
Alguém saberá me dar essa resposta e tantas outras que eu não sei. Talvez não tenha procurado bem, ou não tenho procurado nos sítios certos. O lamentar não me ajuda em nada, só faz com que tenha pena do que estou a ser neste momento. O frio passou, o frio que tinha quando comecei a escrever, mas o gelo dentro de mim, a angústia, a tristeza, o sofrimento continua. Não há alegria nos meus olhos, como num dia cinzento onde só chove. Em que a minha cara são as gotas, que caíram nesse dia de temporal. Onde o sol se escondeu, tornou-se cinzento, carregado. Não há cores vivas, mas sim cores mórbidas. Algum dia terei gostado de alguém realmente? Sim, apesar de tudo não sou assim tão frio. Da minha família, dos meus verdadeiros amigos, desses gostei. Então quando deixei de gostar? Quando deixei de ter interesse na vida? Quando passei a sobreviver, como um náufrago onde só ver mar e mar e mais mar. Mas acredito que sobreviverei, mas já não tenho a certeza de nada.